sexta-feira, 27 de março de 2009

Pre-conceito musical – 08

PRÉ(CONCEITO) MUSICAL

Nossa, esse assunto pode dar muito pano pra manga, ou talvez não, porque as pessoas não se importam muito com aquilo que os outros

gostam e sim com aquilo que elas gostam.

A musica é sem dúvida uma coisa surreal, ela serve como passatempo, hobby, religião, profissão, terapia, ferramenta de trabalho, válvula de escape,
forma de expressão, formação, meio de comunicação, forma de exploração, didática, entre tantas outras funções.

Agora vocês já imaginaram quantos tipos de musica estão enquadrados nas citações acima?

Pois bem, gosto musical pode ser uma coisa tipo bunda, cada um tem a sua, ou pode expressar a influência da formação de cada um.
O fato é que no inicio da formação social do homem ela era direcionada a lazer e doutrina, hoje ela esta muito mais voltada para o comércio
do que para qualquer outra coisa não é ?

Não, não é, isso é o que a maioria de nós pensa porque só vê a música do circuito comercial, aquelas que tocam nas rádios ou TV,
ou então aquelas que tocam nas igrejas as chamadas Gospel, ou porque não aquelas que escutamos porque nossos familiares escutavam e
acabamos entrando na onda e enfim.....

Os estilos musicais são de uma variedade quase incontável, porém a boa música pode ser aquela que soa bem aos nossos ouvidos,
e não aquela que um crítico ou um veiculo de mídia diz ser boa, e vejam bem em momento nenhum expresso minha opinião pessoal neste relato,
apenas estou trazendo a tona um debate que alguns de nossos leitores estavam tendo outro dia e que casualmente me chamou a atenção.

As chamadas “ondas” (ou moda) são única e exclusivamente produzidas pela mídia, o que cada vez mais enterra a música, ao menos no Brasil,
ao fado de ser aquilo que vende.A música lírica, por exemplo, tem um mercado muito expressivo na Europa, a música instrumental tem um mercado
extenso no mundo inteiro e jamais se vê grandes jogadas de marketing sobre seus músicos, entretanto o pagode, que é coisa nacional,
esta em toda parte, por quê? Porque vende como ninguém, vende CD, CD- pirata, DVD,DVD- pirata, cerveja, ingresso, táxi, cachaça, etc,etc,etc.....

Não sei se consegui me fazer entender, a crítica serve também para o estilo sertanejo, e porque não para o Funk carioca, ou até para o pop forjado
que se produz nas gravadoras, o que me refiro é sobre os valores agregados a música, os valores que dissolvem certos valores sócias.

O mercado possui uma legião de “cantores” que deveriam trabalhar como modelo, ou como apresentadores de TV e não como músicos,
sem contar aqueles grupos, que nem sabem o que significa a sigla OMB (Ordem dos Músicos do Brasil).

Vejam bem, você juntar um bando de amigos e tocar no barzinho da esquina tomando uma cerveja todo sábado e juntando a vizinhança porque
eles gostam do som é uma coisa, agora você escolher um grupo de garotos (muitas vezes ricos) levar pra um estúdio e gravar um CD que será
reproduzido aos seus milhares de cópias e espalhar pelo país inteiro sem ninguém nem saber que eles existem, e depois de pagarem o famoso JABA
para as rádios eles começam a tocar aquela música dezenas de vezes ao dia até que seus ouvintes absorvam o som e decidam comprar o CD é outra coisa.

Depois criticam os sites que liberam músicas para serem baixadas, mas ao menos no site você escolhe o que quer baixar sem influência do seu locutor preferido ......

Cada vez mais estamos introspectivos devido a uma série de fatores, e um deles é a musica, porque do gosto musical estão se formando
os grupos de relação social, e isso em certos momentos acaba sendo uma barreira. Sim imaginem um roqueiro todo de preto olhando para
um pagodeiro todo de branco, vocês acham que existe estimulo natural para que ambos tentem descobrir o que há de bom um no outro?

Sim porque todos os estilos musicais são compostos por pessoas, músicos e esses indiferentes ao estilo e sim á qualidade, um violinista da OSPA
pode ser (e é) tão bom quanto um estridente guitarrista de havy-metal, assim como um bom gaiteiro de blues tem (sem dúvida) tanta sensibilidade
quanto um pianista de bolero.

Em fim, minha abordagem deve ficar marcada pelo NÃO PRÉ-CONCEITO aos estilos musicais, e sim as influências,
não sejam influenciados pelas rádios ou TV, escutem outro tipo de música diferente daquele de costume, tentem descobrir o som
dos instrumentos, a voz exclusiva dos cantores, o conjunto da obra criada por uma banda, as idéias que aquela ou essa música passam em suas letras.
Não alimente o pré-conceito pois somente assim poderemos ter um conceito musical.

28/03/07

Grabe abraço !

Marcelo Granatto

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