sábado, 28 de março de 2009

História e reflexões - 12

A historia do Araújo Vianna (auditório localizado hoje na Osvaldo Aranha)
O auditório existiu inicialmente durante o período de 1927 a 1964 no espaço onde hoje está edificado o Palácio Farroupilha,
a sede da Assembléia Legislativa Gaúcha.

Tinha capacidade para 1,2 mil espectadores e concha acústica, e se constituía em obra projetada pelo arquiteto Jose Wiedersphan e Arnaldo Boni.
Nos anos 60, devido à necessidade de transferência, foi construído o novo auditório no Parque Farroupilha (Redenção) sendo executado projeto dos arquitetos Carlos Fayet e Moacir Moojen e inaugurado em 1964. Os porto-alegrenses passaram a dispor de um amplo espaço público para apresentações artísticas, predominantemente musicais e principalmente pela Banda Municipal cuja historia se confunde com a do auditório. Um verdadeiro privilégio diante da
capacidade de 3 mil espectadores e seu caráter de simplicidade popular.
Nos anos 80 o Araújo Vianna chegou a ser desativado, porque não tinha cobertura, o que trazia desconforto aos espectadores diante dos rigores
do inverno gaúcho e aos moradores próximos devido à questão acústica.
O debate público e a arrecadação de recursos determinaram a cobertura do auditório, o que foi executado nos anos 90, sendo a melhoria inaugurada
em 1996, com a apresentação do compositor Gilberto Gil, que lotou o espaço cultural.
Mas a administração, na época, optou por uma cobertura de lona plástica, que não resolveu a questão acústica e foi demasiadamente frágil na questão climática.
Prevista para uma vida útil de no máximo um decênio, a cobertura não durou 7 anos, o que determinou o abandono do auditório no inicio dos anos 2000
e nova interdição em abril de 2005.
Curiosamente, o auditório passou a ser utilizado para concentrações políticas, tanto partidárias como administrativas,
como foi no caso do Orçamento Participativo Municipal.
Atualmente o Prefeito Jose Fogaça (PPS) e sua administração tentam privatizar o auditório, alegam que o custo de restauração de R$7 milhões
será licitado e os direitos de exploração serão de 75% dos dias do ano, sendo esse durante 10 anos.
A idéia de privatização se estabeleceu quando foi rejeitada a proposta de Emenda Parlamentar Federal da deputada Maria do Rosário (PT)
que recuperaria o auditório e manteria totalmente público o espaço.
Como se mede uma pessoa
(Shakespeare)
Os tamanhos variam conforme o grau de desenvolvimento.
Ela é grande pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena pra você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma pessoa pode aparentar grandeza ou pequeneza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: “será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas medições?”
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser intimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande.
É sua sensibilidade sem tamanho.
Marcelo Granatto - 30/04/2007

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