O furo no barco
Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi. No dia seguinte o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:
- O senhor já me pagou pela pintura do barco! - disse ele.
- Mas isso não é pelo trabalho da pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah! Mas foi um serviço tão pequeno....Certamente não esta me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado pois, lembrei-me que o barco tinha um furo. Imagine meu alivio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe agora o que fez? Salvou a vida de meus filhos ! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua “pequena” boa ação.
Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho e conserte todos os “vazamentos” que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.
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O jogo de xadrez
O jovem disse ao abade do mosteiro:
- Bem que eu gostaria de ser um monge, mas nada aprendi de importante na vida. Tudo que meu pai me ensinou foi jogar xadrez, que não serve para iluminação. Além do mais, aprendi que qualquer jogo é um pecado.
- Pode ser um pecado, mas também pode ser uma diversão, e quem sabe, este mosteiro não está precisando um pouco de ambos. - foi a resposta.
O abade pediu um tabuleiro de xadrez chamou um monge, e mandou-o jogar com o rapaz.
Mas, antes da partida começar, acrescentou:
- Embora precisemos de diversão, não podemos permitir que todo mundo fique jogando xadrez. Então, teremos apenas o melhor dos jogadores aqui; se nosso monge perder, ele sairá do mosteiro, e abrirá uma vaga para você.
O abade falava serio. O rapaz sentiu que jogava por sua vida, e suou frio; o tabuleiro tornou-se o centro do mundo.
O monge começou a perder. O rapaz atacou, mas então viu o olhar de santidade do outro; a partir deste momento, começou a jogar errado de propósito. Afinal preferia perder, porque o monge podia ser mais útil ao mundo.
De repente, o abade jogou o tabuleiro no chão:
- Você aprendeu muito mais do que lhe ensinaram. - disse - Concentrou-se o suficiente para vencer, foi capaz de lutar pelo que desejava. Em seguida, teve compaixão e disposição para sacrificar-se em nome de uma nobre causa. Seja bem-vindo ao mosteiro, porque sabe equilibrar a disciplina com a misericórdia.
Marcelo Granatto - 05/03/2007
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